segunda-feira, 13 de abril de 2009

Padrões

Eu nunca me dei bem com regras, nem quando tento criar regras pra mim mesma. Essa coisa de padrão de comportamento, padrão de beleza, padrão disso e daquilo só serve pra frustrar aqueles que não se encaixam nos tais “padrões”.

Quem teve a infame idéia de determinar o que é certo pra vida das pessoas como se todo mundo tivesse que ser igual? “Tias velhas” que te perguntam toda semana porque você não tem um namorado sem cogitar a hipótese de que você não está namorando porque não aceita qualquer coisa e não vai pegar o primeiro “mala” que aparecer na sua frente com promessas idiotas. Quem foi que inventou que a gente tem uma idade pra casar? E que tem alguma coisa errada com a pessoa porque ela se aproxima dos 30 anos e não se casou ainda. Quem é o fiscal do tempo? Por que alguém não pode se casar com 40 anos? Acho estranho como as pessoas têm essa mania incontrolável de querer fiscalizar a vida das outras, ditando regras e criando padrões.

O resultado disso? Pessoas frustradas. Todas. Pessoas que fazem o que querem, mas se perguntam se deveriam fazer como manda a regra. Pessoas que seguem as regras, mas percebem que, no fundo, deveriam fazer o que elas realmente gostariam de fazer. Casamentos frustrados. Mulheres que se casam antes que fiquem “velhas demais” pra se casar. Homens que se casam porque empurraram um namoro com a barriga por sete anos (e agora a barriga está tão grande que ele se vê lerdo, prostrado diante da TV assistindo Faustão domingo à tarde enquanto a namorada passa creme de pepino na cara e faz chapinha no cabelo).

Você tem que ter 1,80m, pesar 50 quilos, ser loira, linda e difícil. Tomar a iniciativa? Jamais. Ter 31 anos e namorar um bonitão de 19? Tá louca! A menos que você seja a Ivete Sangalo... e mesmo assim, vai ter que agüentar as capas de jornais e revistas de todo o país divulgando o “mico”.

Namore caras mais velhos, ricos e independentes. Case-se antes dos 30. Seja linda. Independente. Ganhe bem - mesmo que todo seu dinheiro seja torrado em bolsas Louis Vuitton e sapatos Prada. Tenha um cachorro de bolsa. Sorria quando quiser chorar. Tome remédios pra dormir. Tenha o Prozac como seu melhor amigo. E, se sobreviver a tudo isso, me conte depois.


Eu vou querer estar aqui pra saber.

Um comentário:

Cássio disse...

Bah... Excelente texto!!!
Parabéns!