domingo, 19 de julho de 2009

Amor para durar

Reconhecer o amor não requer tato nem sagacidade. Amor não é vendido em frascos, não da em arvore, não chega pelo correio nem dá pra sacar no caixa eletrônico. Não vem com letreiro luminoso, não bate ponto na esquina e tampouco se identifica na portaria. Amor chega sem avisar – e a gente sabe que chegou só de olhar pra ele. O mais difícil, no entanto, é mantê-lo. E, para tanto, alguns insights são sempre bem vindos.

Quem decide embarcar precisa se certificar de que a viagem para o mundo dos sonhos inclui a passagem de volta; idealizar um relacionamento é invariavelmente o caminho mais curto para uma bad trip. Projetar no outro a responsabilidade pela própria felicidade afugenta até o mais bem intencionado dos apaixonados – além do mais, ser de carne e osso inclui no pacote uma série de defeitos de fabricação e uma boa dose de imprevisibilidade. Cada individuo é potencialmente uma caixinha de surpresas. Ou de Pandora.

Ser fã da Madonna quando a outra metade da laranja é Bruno-e-Marrone-maníaco não é necessariamente um sinônimo de fiasco amoroso; vale a pena lembrar que um dos casamentos mais sólidos desde tempos imemoriais – o da dupla feijão com arroz – é apenas um em meio a tantos casos de antíteses que se complementam. Se é verdade que os opostos se atraem, com os opostos dispostos essa máxima funciona melhor ainda. As diferenças, muitas vezes, estão longe de significar desavenças, bem como semelhanças podem não ser garantia de afinidades. Almas gêmeas nem sem são univitelinas...

Ignorar solenemente a família das conjunções adversativas – “mas”, “porém”, “contudo”, “todavia” e todos os outros parentes que impõem restrições nem sempre é lembrado. Amor não gosta de senões. Fazer a pessoa amada fugir com o diabo foge da cruz? É fácil, é só virar um chiclete, daqueles bem grudentos. Se a intenção for justamente o contrário, melhor deixar livre, pero no mucho... afinal, descontados os trocadilhos, desde que o mundo é mundo o olho do dono é que engorda o gado.

Beleza? Só é fundamental no poema; o ser humano vale mesmo pela “decoração de interiores” – o que não quer dizer que está liberada a temporada de autodestruição. É preciso zelo consigo mesmo: arrumar-se, perfumar-se, mimar-se. Descobrir-se para, então, revelar-se. Curtir-se. Amar-se pelo que se é – dessa forma será possível amar no outro o que realmente ele tem a oferecer, ao invés de uma utopia. Tem é interessante sublimar aquele velho hábito de interessar-se por “tipos”: quem tem tipo é máquina de escrever. Que por sinal, virou peça de museu.

Por fim, mas não menos importante: amor e medo não combinam. Caiu? Levante, ora. A vida é correr riscos... ninguém vem ao mundo com garantia anti-sofrimento. Amor é, sobretudo, querer amar.



E se chorar faz parte... Recomeçar também!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Escrever

Sinto uma vontade imensa de escrever. Sempre. Meus pensamentos se ajeitam. Minha cabeça pára de girar. Meu coração bate normal. Escrever pra mim é uma terapia. Me acalma. Me ajuda. Me ensina a ver melhor as coisas. A pensar direito. A enxergar.

E, escrevo melhor ainda, quando sofro. É o mal de todo o grande escritor de romances. Ou artistas da música. Ou poetas. Ou simples mortais como eu. Parece q o sofrimento é a cereja em cima do bolo. É o ingrediente q falta para o bolo ficar perfeito.

Meu coração anda apertado. Dolorido. Despedaçado. Talvez culpa minha. Por entregá-lo a outro alguém. Por não cuidar mais dele. Por não conseguir segurá-lo quieto. Mas, é este mesmo coração que me faz escrever. Mesmo doendo. Mesmo cansado. Tem forças para bater.

Porque simplesmente não posso parar. Não posso perder o rumo. Não posso me perder. Pq se me perder... aí sim não tem mais jeito.



Será q me perdi por você?

terça-feira, 14 de julho de 2009

Amar

"Sou do signo de Câncer. Água. Romântica. Sensível. Mãezona. E acabo exigindo o mesmo das pessoas. Não gosto de meias-palavras ou meias-verdades. Adoro meias coloridas. Mas nunca passo o réveillon colorida. Sou do avesso. Talvez eu seja sim o oposto daquilo que se espera de mim. Sou hiperativa. Gosto de bichos. Não gosto de multidões. Minha vida é desalinhada. Dirijo como homem. Choro como criança. Talvez... eu mereça mais do que isso.

Talvez meu jeito estúpido de amar as pessoas ao meu redor não seja suficiente. Talvez eu precise começar do zero a aprender a amar. Aprender a viver como se diz no manual. O Colégio católico não serviu pra muita coisa na minha vida. Minha família nunca me ouviu de verdade. Por isso, sou temperamental. Aprendi com as aves. Não gosto de ser incomodada qdo quero paz, pois posso te dar uma bicada e te machucar. Gosto da liberdade, mas gosto ainda mais de companhia. Adoro poder ficar abraçadinha, apenas ouvindo a batida do coração.

Admiro as araras azuis. Aprendi no Discovery Channel que elas passam a vida inteira com o mesmo companheiro. São livres. Ninguém, nem nenhuma lei, obriga ninguém a ficar junto por mais tempo do que o amor consegue fazê-lo. Eu acredito nisso. No amor. Livre. No amor enquanto houver amor. No respeito. Na cumplicidade. Na transparência. E mais do que nunca, na afinidade.

Por não saber muitas vezes o que realmente quero, acabo fazendo o que não quero. Por não saber amar, vivo levando na cara. Por amar demais, vivo sonhando. Por não acreditar nos sonhos, vivo me ferrando. Por me ferrar sempre, vivo me fechando. E por me fechar demais, vivo sem amor. Vivo com poucos amigos, poucas cifras e poucos DVDs. Vivo com alguma poesia, uma barra de chocolate e uma coca-cola. Vivo sem sorte no jogo. Mas sempre apostando no amor.

Não quero amor de fim de noite. Muito menos de uma noite só. Não tenho mais tempo, e nem idade pra micareta. Não sei mais paquerar ou fazer joguinhos de sedução. Não preciso que me queiram pra massagear meu ego. Tenho um foco. Sou mulher de um homem só. Não preciso de conversinhas com ex. Não preciso testar meu poder feminino com casinhos na internet. Não preciso que me digam que sou linda, inteligente e gostosa. Pra isso, tenho espelho, papel e caneta. Não preciso usar meu corpo pra conquistar alguém. Pra isso, tenho um coração que fala por mim.

Acredito no amor. Apesar do amor não acreditar em mim. Valorizo as pequenas coisas. Como um cafezinho depois do almoço ou uma pizza no jantar. Valorizo boas intenções. Boa fé. Acredito nas palavras que vem de coração. E nos sentimentos que existem dentro dele. Acredito em tudo que vem da alma. Acredito no agora, e desconfio muito do futuro. Desejo o bem para as pessoas que conheço. Acredito no desejo. Acredito na vontade que faz acontecer. Acredito que tudo o que queremos de verdade, acontece. Respeito crenças, credos e raças.

Acredito no amor que dura uma vida inteira. Desconfio dos demais. E, respeito todas as formas de amar. Porque o amor é a coisa mais linda que existe".

segunda-feira, 13 de julho de 2009

"Decidi quebrar alguns conceitos
que nem eram tão meus...
Decidi não esperar um abraço,

mas abraçar primeiro...
Não esperar um carinho,
e sim ser mais carinhosa,
me desarmar dos medos
geralmente são tolos ou no máximo bobinhos...
Decidi usar as roupas que gosto,

mesmo que não estejam na moda...
Elas são minhas e vestem, de certo modo, minha alma
Decidi amar sem medo...

se tiver que sofrer terá valido a pena,
dizem que um segundo de amor pode valer a dor da eternidade de uma saudade.
Não custa experimentar...
Mas o que decidi pra valer é viver o hoje, o agora.

Olhar o sol, a lua, sentir o cheiro da chuva
quando derrama as primeiras gotas na terra seca...
Bater palmas pra natureza...
Decidi revirar minhas gavetas, as da alma.
Decidi que ninguém é mais importante do que eu,

porque só pode amar alguém aquele que se ama.
e a partir de agora, posso me dedicar a amar você".


Não tem mais volta.

Eu te amo.